terça-feira, 17 de abril de 2012

Crônica da saudade

No meu tempo, ler as crônicas diárias só era possível se você comprasse o jornal na banca. Receber ligação urgente do redator chefe sobre um tema para desenvolver uma crônica, nem pensar. No meu tempo eu escrevia cartas e caminhava até o correio para postá-las. Os tempos mudaram muito, radicalmente, e tudo aquilo de que antes tínhamos como um trabalho ou problema chato, nos dá saudades. Éramos felizes e não sabíamos?
Hoje só recebo pelo correio, contas a pagar. Meu celular toca o tempo todo, e quase não tenho tempo para ler o jornal na internet. A liberdade se foi com a tecnologia, hoje sabemos onde estamos ou estaremos. Recebemos notícias sem procurar por elas. Enviamos todo tipo de e-mais, que seriam impossíveis de mandá-los via carta. Imagine vocês receberem cartas pedindo ajuda para alguma criança com doença terminal, ou correntes que ameaçam interromper a sua felicidade se não passá-la para vinte amigos ou mais.
Eu sou do tempo em que a gente primeiro aprendia a escrever, e só depois aprendíamos a digitar.

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